Dia 4

  No meio da madrugada, enquanto os jovens descansavam, algo inesperado aconteceu. Jason, deitado e se contorcendo de dor, bastante alto quando uma quantidade absurda de energia explodiu em seu peito, subindo em dire??o ao céu. A for?a foi t?o intensa que corta o teto do abrigo, e a luz podia ser vista de cidades distantes.

  Assustados, os outros correram para ver Jason. Ele estava exausto, suando e com uma express?o de dor intensa.

  — Esse lugar já n?o é seguro — disse War, olhando ao redor com desconfian?a. — precisamos tirar o Jason daqui.

  — N?o agora... — Jason murmurou, com dificuldade. — é perigoso demais andar à noite... Vamos esperar o amanhecer.

  Todos concordaram, mas ninguém conseguiu dormir direito depois daquilo. Jason parecia mal, mas assim que o sol nasceu, ele estava de pé, como se nada tivesse acontecido. Nenhuma dor. N?o há fraqueza.

  Intrigados, tentamos entender o que havia acontecido.

  Guerra: Cara... o que foi aquilo? Achei que você só tinha super for?a!

  Jason: Eu também pensei nisso. Mas toda aquela energia... mostra que a gente ainda n?o entende por direito nossos poderes.

  Natasha: Mas por que só a gente manifestou algo? A gente viu outras pessoas na estrada com habilidades, mas a Zoey, o Nathan e esse aí ainda n?o mostraram nada... Talvez eles n?o tenham.

  Guerra: Ou talvez sejam só... diferentes.

  Nathan: Exato. Nem todo poder é visível. Só n?o descobri o que ainda temos.

  Zoey: E se eu n?o gosto do que tenho? E se eu machucar quem eu amo?

  Jason: Zoey, a gente vai estar aqui. N?o importa o que aconte?a, vamos enfrentar isso juntos.

  Nathan: é isso aí. Tamo contigo.

  Natasha: Verdade! Vai ver que você nem tem poder, ent?o nem precisa se preocupar! Kkk.

  Zoey: Obrigada, pessoal.

  War: Vai ver você é como Anya Forger…

  Zoey: Mas eu ainda n?o ouvi nada!

  War: Talvez seja preciso ativar a personalidade dela para liberar o poder! O que nem seria difícil pra você! Kkk.

  Zoey: Kkkk obrigada!

  Natasha: Isso foi um elogio?

  War: E a Natasha com certeza é a Yor no trabalho! Kkkkk.

  Zoey: Kkkk é mesmo!

  Natasha: Vocês ainda s?o t?o assim com isso?!

  Todos riram, menos Natasha que fez cara de brava.

  Natasha: Se já acabei, precisamos ir atrás do Tony.

  Jas?o: Concordo. preciso voltar até a rodovia.

  Guerra: Pode ter cameras em prédios ou nos postos. Talvez estejamos achando algo.

  Unauthorized tale usage: if you spot this story on Amazon, report the violation.

  Nathan: Isso vai ajudar nas buscas.

  Jason: Ent?o vamos procurar nosso amigo.

  Todos: Vamos lá!

  Mas, antes que pudesse sair, quatro homens armados invadiram o abrigo, apontando suas armas. Natasha acendeu as chamas nas m?os, e Jason, com energia elétrica surgindo, ficou na frente. A guerra, mesmo sem poderes, também se colocou como escudo.

  Jason: Quem s?o vocês? O que você quer?

  Líder dos homens armados: N?o somos ninguém. E o que queremos? Viemos pela explos?o de energia que rasgou o céu. A gente viu.

  Guerra: E por que acha que a gente tá com essa coisa?

  Líder: N?o acho que seja um objeto. Viemos aqui roubar um banco. Estava indo bem até essa maldita onda de choque trazer zumbis fortes, rápidos... resistentes às balas! Vi três dos meus homens sumirem. E depois disso? Pessoas com poderes destruindo o resto da cidade. Que inferno!

  War: é, todo mundo perdeu alguma coisa nesse dia.

  Líder: Mas eu n?o sou como todo mundo. Eu n?o aceito sair de m?os vazias. Acho que merecemos uma compensa??o, né, irm?os?

  Homem armado 2: Merecemos, nossos amigos morreram por causa de vocês!

  Jason: Mas a gente n?o teve nada a ver com isso!

  Natasha: é, por acaso a gente parece com aquelas coisas?

  Líder: é o que todos dizem. Igual aos jovens que matamos ali atrás kkk...

  Zoey: Oh, meu Deus...!

  Enquanto eles contavam seus atos desprezíveis, o céu ficou escuro e uma tempestade elétrica come?ou a se formar.

  Líder: Um deles tinha um poder bosta, tipo brilhar no escuro kkkkk.

  Outro homem: Ridículo!

  Líder: Pois é, meti uma bala na cabe?a dela. A irm?zinha chorou, disse que eu era desprezível... ent?o matei ela também. Pena que uma escapou... golpe de sorte. Sorte que vocês n?o v?o ter. — disse, destravando a arma.

  Jason: Espera! Espera!

  Líder: Quem foi que liberou aquela energia no céu? Foi você?

  War: Já dissemos que n?o temos essa coisa aqui!

  Líder: Ah é? Ent?o por que as m?os do teu amigo est?o elétricas?

  Jason olhou para suas m?os, agora soltando faíscas intensas. Todos ficaram tensos.

  War: Jason... péssima hora pra mostrar seus poderes, mano.

  Natasha: Jason, desliga isso!

  Jason: Eu... eu n?o consigo controlar...

  Líder: Eu n?o sei como você fez aquilo, mas essa energia... é poderosa. Muita gente pagaria bem por ela. N?o sei nem se você precisa estar vivo pra eu extrair isso... Bem, sempre gostei de riscos.

  Os quatro abriram fogo. Mas, antes que as balas acertassem, algo incrível aconteceu: todas pararam no ar, suspensas bem à frente dos jovens.

  Os homens armados ficaram nervosos e atiraram ainda mais, mas nada passava.

  Natasha: A gente ainda tá vivo...

  Zoey: Como?

  Jason: As balas est?o... paradas!

  War: Quem tá fazendo isso!?

  Nathan (com m?os erguidas, suando): Acho que... eu!

  Todos: H?...?

  War: Legal, haha! kkk.

  Jason: Como você tá fazendo isso?

  Nathan: Eu n?o sei! Eu só levantei as m?os e senti... alguma coisa dentro de mim... Mas n?o vou aguentar muito tempo!

  Natasha: Essa "coisa" é seu poder. Agora... deixa eu mostrar o meu.

  Natasha lan?ou uma onda de fogo que incinerou dois dos homens armados. Na confus?o, os jovens fugiram, com Jason liderando a saída do supermercado.

  Do lado de fora, já mais calmos:

  Jason: Nathan, aquilo foi incrível!

  Natasha: é, mandou bem, moleque.

  Zoey: Você salvou a gente!

  Nathan: N?o foi nada... eu só fiz o que qualquer um aqui faria.

  Natasha: Eu n?o... eu deixaria as balas acertarem só um aqui kkk.

  War: Aproveita o momento, mano. Você mandou muito bem.

  Jason: Estamos ficando mais fortes... e mais perto de achar o Tony.

  War: é isso aí. Agora só falta a Zoey despertar.

  Zoey: Ei, você também n?o mostrou nada ainda!

  Natasha: E se vocês nem tiverem poder? Aqueles quatro n?o tinham.

  Jason: é... ent?o talvez nem todo mundo exposto à onda de choque ganhou poder.

  War: Mas a Zoey tem. Eu sei.

  Natasha: E como você sabe?

  War: Eu apenas sei.

  Jason: Tá legal. Quando chegarmos, vamos nos separar e procurar pistas. Eu e o War vamos checar as cameras do prédio. Vocês vejam nos outros.

  Todos: Tá certo.

  Depois de alguns minutos, voltaram ao lugar onde tudo come?ou. Havia outros sobreviventes ali também, talvez com o mesmo objetivo.

  Zoey (olhando em volta): Eu n?o achei que a gente teria que voltar aqui t?o cedo...

  Nathan (pálido): Eu daria tudo pra estar em outro lugar agora.

  Jason: Eu sei que é difícil, mas estamos aqui pelo Tony. Vamos achar o que precisamos e sair antes que aqueles caras nos achem de novo.

  De repente, o som de helicópteros e motores ecoou.

  War (tenso): Vocês ouviram isso?

  Jason: O quê, War?

  War: Ou?am... helicópteros!

  Nathan: Agora eu ou?o... parecem militares!

  Helicópteros e veículos militares sobrevoaram e cercaram a área. Os sobreviventes vibraram, pensando que a ajuda havia finalmente chegado. Mas no meio da celebra??o, War, desconfiado, franziu a testa e sussurrou:

  War: Espera... o que é isso...?

  Natasha: é o exército, War. N?o sabe?

  War: Eu sei... mas a pergunta é: o que eles est?o realmente fazendo aqui?

  Jason (tentando manter a calma): Com certeza vieram ajudar...

  War (olhando fixamente): Mas por quê...?

  Natasha: — Quem liga? O importante é que eles est?o aqui e podem ajudar a achar o Tony!

  War (olhando ao redor, desconfiado): — Tem alguma coisa errada…

  Nathan (suspirando): — War, relaxa. é o exército dos Estados Unidos, eles vieram pra ajudar!

  Jason (encarando War): — O que você tá pensando?

  War (frio, calculando): — O acidente foi ontem de manh?. Por que só mandaram ajuda agora? E além disso… tá tudo morto nessa cidade. Nenhuma comunica??o funciona. Telefone, TV… nada. A única coisa que poderia ter chamado a aten??o foi aquela energia azul no céu, ontem à noite.

  Jason (engolindo em seco): — Tá dizendo que eles est?o aqui… por minha causa?

  War: — N?o só por você. Por todos que têm poderes.

  Nathan (parando pra pensar): — Até que faz sentido…

  Natasha (cortando Nathan com raiva): — Cala a boca, Nathan! E mesmo que estejam aqui por nós, qual o problema? Eles podem ajudar!

  War (olhando sério pra ela): — Sério? Como se o governo de vocês fosse deixar pessoas com poderes soltas por aí… vivendo normalmente. Vocês sabem que isso nunca ia acontecer.

  Natasha (bufando): — Ah, para, War! Tá confundindo a vida real com os filmes da Marvel. Isso é besteira.

  Jason (mais calmo, mas firme): — War… eu sei que você tá preocupado, e deve ter suas raz?es… Mas n?o vai acontecer nada. Eles v?o nos levar pra casa. Pra nossas famílias. Eu… eu t? com muita saudade da minha m?e. Todos aqui querem voltar pra casa. E você? N?o tem ninguém esperando por você?

  War (olhando pro ch?o, voz baixa): — Eu n?o tenho ninguém nesse país… Mas vocês precisam confiar em mim agora.

  Natasha (cruzando os bra?os): — Você n?o entendeu o que a gente está sentindo. Você está sozinho. Se quiser ficar, fica. Mas a gente vai — com ou sem você.

  War respira fundo, dá um passo à frente e segura a m?o de Zoey.

  War (olhando nos olhos dela): — Zoey… você sabe do que eu estou falando. Por favor. Vem comigo.

  Zoey, com os olhos marejados, olha para Jason e Natasha… e depois de novo para War. Solta devagar a m?o dele.

  Zoey (sussurrando, com a voz trêmula): — Desculpa… Mas eu… eu tenho muita saudade da minha família. Eles s?o minha família… Eu preciso ir.

  A guerra fica parada. Silencioso. Observando enquanto eles se afastam sem olhar para trás.

  Mais adiante, Jason, Natasha, Nathan e Zoey chegam na pra?a central. Lá, várias pessoas sobem apressadas nos helicópteros militares. Um homem de farda, com um sorriso ensaiado, grita no megafone que veio para ajudar, que vai levar todos para um lugar seguro.

  As pessoas lamentam. Choram de ruptura. Achei que o pesadelo acabou.

  Mas mal eles sentem… que

  o verdadeiro pesadelo estava apenas come?ando.