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A PRESENÇA DOS VIGILANTES Hora terceira após a queda

  N?o vou deixar que o mal determine o que eu sou.

  Gadhiel sorriu, olhando rapidamente para Layla.

  - N?o, nenhum problema, vigilante.

  - O rebelde – falou e reconhecimento o que parecia ser o chefe da legi?o. – Já ouvi falar de você.

  - Ora, quem diria, héim? Mas, eu ainda n?o ouvi falar de você... Ou de vocês – falou dobrando o rosto para ver os outros, logo voltando à posi??o anterior.

  - N?o somos seu inimigo.

  - Ah, que bom...

  - E nem dela, já que ela tem a sua confian?a.

  Gadhiel o observou mais atentamente, e viu que havia sinceridade ali, bem como conferiu a tranquilidade dos outros nove vigilantes.

  - Foram vocês que desceram naquela coluna grossa? – perguntou Layla.

  - Sim... Somos uma família, e fomos lan?ados juntos. Quer dizer, um logo após o outro – explicou.

  - Que bom que sua família se manteve unida – Gadhiel congratulou.

  - Parece que vocês ainda v?o ter muito problema – falou, mostrando ter visto que mais dem?nios haviam pensado em atacar os dois, só desistindo ao verem que havia mais anjos por perto. – Se quiserem podemos ficar por aqui...

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  - N?o precisam... Somos uma isca, sabem? Essa é uma forma de dar uma diminuída nesses dem?nios – declarou Gadhiel. – O que pretendem fazer a partir daqui?

  - Ainda n?o sabemos. Mas, logo vamos descobrir. Já conversamos, nós conhecemos vocês, e vocês nos conhecem. Se precisarem, é só chamar – ofereceu. – Meu nome é Anael.

  - O mesmo comigo – falou Gadhiel por sua vez, voltando os olhos para Layla. – Acho que os nossos nomes já s?o do conhecimento de vocês, n?o é mesmo? Como vocês s?o anjos recém-caídos, ainda devem ter alguma coisa dos poderes que tinham, nem que seja um réstinho, né?

  - Sim, por enquanto. E você está certo, nós sabemos os seus nomes.

  - Sou uma dêmona – declarou Layla, estranhando a confian?a deles.

  - Sim, sabemos o que é. Mas agora a conhecemos, e a oferta nossa a você se estende também.

  - N?o têm receio de que eu os traia, os leve para uma armadilha, os torture ou...

  - Conhecemos os dem?nios da superfície, e nunca, nem quando fomos anjos, os perseguimos. Vocês s?o os dem?nios em dúvida, se anjo ou dem?nio s?o. Enquanto n?o se decidirem, a alian?a pode ser estendida.

  - Agrade?o, e estendo minhas inten??es boas até vocês.

  - Que bom que assim é – falou com satisfa??o, al?ando voo com sua trupe.

  - Somos uma uni?o improvável, você sabe, né? – Gadhiel falou, observando os vigilantes desaparecendo dentro de uma nuvem felpuda.

  - E quem lhe disse que estamos unidos? – Layla o observou espantada.

  - Ora, menina, e o que fizemos aqui hoje? – perguntou se virando para ela. – Enfrentamos um bando de selvagens dem?nios, e terríveis anjos que queriam nos escalpelar...

  - Você é meio doid?o, vigilante. Mas, o que aconteceu aqui, hoje, foi que nós apenas nos ajudamos. Só isso, vigilante – falou come?ando a se dissolver no ar, sob o olhar divertido do anjo.

  - Está bem, que assim seja. Mas sabe, gostei disso – riu para as últimas fagulhas cinzas que morreram no ar.

  Gadhiel elevou os olhos para o céu, agora tomado de um cinza bem mais claro, mostrando no momento algumas poucas estrelas.

  Suspirou forte, vendo os montes suaves e as grandes montanhas mais distante repletos de crateras de impacto.

  Foi ent?o que, olhando uma coluna de fogo um pouco estranha, a viu explodir quase no topo de uma montanha gelada no norte.

  Apurou os ouvidos, e de lá p?de sentir, com incrível nitidez, um som que mais parecia um lamento.

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